O senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) divulgou um comunicado no fim da tarde desta quinta-feira, (19), no qual anuncia ter se licenciado da presidência do PSDB. Aécio foi gravado pela Polícia Federal (PF) solicitando R$ 2 milhões a Joesley para pagar despesas com sua defesa na Operação Lava-Jato.
Nesta quinta, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o afastamento de Aécio do mandato de senador. O pedido foi feito pela Procuradoria-geral da República com base na delação da JBS. A Procuradoria chegou a pedir a prisão de Aécio, mas o ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato, encaminhou o caso para deliberação do plenário do STF.
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Na Lava-Jato, Fachin já autorizou a abertura de cinco inquéritos sobre Aécio. As delações da Odebrecht indicam que o tucano pediu e recebeu vantagens indevidas e de fraudar licitações em Minas Gerais, quando era governador do Estado, também em troca de propinas. Nas planilhas da empresa, Aécio é identificado como Mineirinho. Com base no que os executivos da empreiteira relataram, a PGR encontrou indícios de que Aécio está envolvido em lavagem de dinheiro, corrupção, cartel e fraude em licitações.
Em nota, que foi publicada na íntegra em sua página oficial do Facebook, ele garantiu que se dedicará inteiramente a provar sua inocência e de meus familiares para "resgatar a honra e a dignidade que construí ao longo de meus mais de trinta anos de vida dedicada à política e aos mineiros em especial".
Leia o comunicado na íntegra: