O presidente da República, Michel Temer, que participou de reuniões no período da manhã desta quinta-feira para tratar da reforma da Previdência, disse, em entrevista à Radio Bandeirantes, que o governo já admite "flexibilizar a reforma da Previdência".
– Estava conversando sobre a reforma da Previdência, permitindo que se faça as alterações necessárias, porque isso faz parte do diálogo do Legislativo com o Executivo – afirmou.
Segundo o presidente, o relator da matéria, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA) tem trazido ponderações dos parlamentares em relação a alguns pontos como a aposentadoria rural e os benefícios de prestação continuada. Temer afirmou que deu permissão para que se façam "os acordos necessários nesses tópicos, desde que se mantenha a idade mínima".
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Ao ser questionado sobre as dificuldades para parlamentares apoiarem o governo em medidas impopulares por conta do processo eleitoral, Temer afirmou:
– Nós vamos flexibilizar as regras, o aposentado não terá prejuízo nenhum.
Disse ainda que os direitos adquiridos não serão retirados.
– No sistema que nós estamos fazendo a aposentadoria será até maior do que hoje – completou, ressaltando que atualmente a média paga nas aposentadoria é de 76% a 80% e que quase ninguém recebe o benefício integral.
Temer disse que, no caso da terceirização, o projeto foi "absolutamente por conta do Congresso", mas que ele examinou a matéria com "muito cuidado" para não causar prejuízos ao trabalhador. Ele reforçou que, pela Previdência, o governo está atuando e trabalhando para obter os 308 votos necessários para sua aprovação na Câmara.
O presidente lembrou ainda que no caso da aprovação da PEC do teto dos gastos, que também era uma matéria difícil, o governo conseguiu 366 votos e no Senado o mesmo porcentual".
– Em todas as medidas que estamos propondo temos tido apoio.
*Estadão Conteúdo