O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, afirmou nesta terça-feira, após café da manhã com o presidente da República, Michel Temer, e deputados da base aliada, que o ambiente em torno da aprovação do texto da reforma da previdência se modificou bastante e que, agora, "há uma expectativa favorável com relação à aprovação". Imbassahy negou que o governo tenha recuado com as mudanças, disse que Temer está estimulando os parlamentares para passar a proposta no Congresso e que é o momento dos deputados mostrarem vitalidade.
– E isso se faz votando – afirmou. – O Executivo fez uma proposta e ela foi aprimorada no Legislativo. Não é recuo – afirmou, ressaltando que Temer "tomou para ele a disposição de tocar a agenda de reformas".
Imbassahy espera que, nesta terça-feira, a Câmara finalmente vote o projeto de recuperação fiscal dos Estados e também a urgência da reforma trabalhista.
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O ministro reforçou o discurso que tem sido feito pelo presidente Michel Temer e disse que o envolvimento de políticos na lista do ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo, não pode paralisar o Legislativo.
– As investigações da Lava-Jato prosseguem, mas o Congresso continua sua atuação – disse.
Apesar de a mudança da idade mínima para as mulheres ter sido confirmada pelo líder do governo do Congresso, André Moura, Imbassahy disse que "há uma tendência forte em reduzir a idade das mulheres", mas ponderou que o texto ainda não está fechado.
Segundo ele, o adiamento da leitura na comissão – que não será mais nesta terça e foi remarcada para quarta – não vai prejudicar o calendário do governo.
– O texto não está finalizado – disse. – Mas não há nada que possa prejudicar (o andamento da reforma). Ao contrário, vai melhorar o texto – ressaltou.
O ministro rechaçou ainda a tese de que as flexibilizações na reforma signifique recuo do governo e disse que as mudanças foram "um grande avanço".
Marun diz que placar subiu de 350 para 360 votos pela reforma
O presidente da comissão especial da reforma da Previdência na Câmara, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), afirmou que, após café da manhã no Alvorada, a expectativa para o placar de aprovação da proposta no plenário da Casa subiu de 350 para 360 votos. O número é bem superior ao mínimo necessário para aprovar a reforma no plenário, que é 308 votos, equivalente a 3/5 dos 513 deputados.
Marun destacou que, durante a reunião, muitos deputados aplaudiram as mudanças que o relator da matéria, deputado Arthur Maia (PPS-BA), fez no texto.
– Depois da reunião de hoje (terça-feira), haja visto os aplausos e o número de deputados que nos procuraram para parabenizar pelo trabalho, estou subindo minha expectativa de placar de 350 para 360 votos – afirmou.
Marun confirmou que a idade mínima das mulheres será fixada em 62 anos, menor do que os 65 anos previstos para homens.
*Estadão Conteúdo