O empresário Léo Pinheiro, da OAS, vai depor na tarde desta quinta-feira ao juiz federal Sergio Moro na ação penal do triplex do Guarujá – cuja propriedade a Lava-Jato atribui ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula e Léo são réus neste processo. Pessoas próximas de Léo Pinheiro dizem que ele vai "esclarecer tudo" sobre o imóvel.
A Polícia Federal e a Procuradoria da República sustentam que o ex-presidente recebeu propinas da OAS no montante de R$ 3,7 milhões. Uma parte do dinheiro teria sido investido em obras no apartamento do Condomínio Solaris, no Guarujá. Outra parte, segundo a acusação, no montante de R$ 1 milhão, foi usada para armazenamento de pertences que Lula ganhou quando na Presidência.
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Segundo o Ministério Público Federal, a OAS bancou tais despesas por supostamente ter sido beneficiada em contratos com a Petrobras.
A defesa do petista afirma não ser dele o triplex. Nesta quarta-feira, os advogados de Lula exibiram à imprensa documentos da recuperação judicial da empreiteira que incluiu em seus ativos o apartamento do Guarujá.
Léo Pinheiro foi preso em novembro de 2014 na Operação Juízo Final, etapa da Lava-Jato que mirou o cartel de empreiteiras que se instalaram na Petrobras para fraudes, desvios bilionários e propinas.
Em 2015, Léo ganhou prisão domiciliar com tornozeleira. Mas, condenado a 16 anos de prisão por Moro, voltou à cadeia em setembro de 2016. Dois meses depois, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) elevou para 26 anos a pena imposta ao empreiteiro.
*Estadão Conteúdo