Compatibilizar as necessidades da Petrobras com as necessidades de entrega do que se produz no país é o que defende o presidente da companhia, Pedro Parente, em relação ao trabalho dos polos navais no país. Em entrevista à Rádio Gaúcha, na manhã desta quinta-feira, ele defendeu a reavaliação dos projetos de construção de plataformas e apontou que o principal problema enfrentado foram os atrasos na entrega das obras.
– O histórico de produção naval destinada a Petrobras, especificamente dos cascos das plataformas marítimas, foi muito ruim para a empresa. Pediria que todos compreendessem isso. Atrasos em média de três anos, preços acima dos estilado. Atraso de três anos para a entrega de uma plataforma causa um enorme problema para a Petrobras.
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Parente disse que agora a responsabilidade sobre os prazos de entrega será das empresas contratadas. Com isso, ele espera que não repetir o que chamou de "um dos grandes problemas" enfrentados pela empresa.
Questionado sobre possível fim da proposta de polo naval, Parente negou:
– Não posso ir tão longe. Realmente acho que Rio Grande tem, pelas condições apropriadas de ser uma área protegida para produção, boas condições, mas tem que ser uma coisa realista. Temos que lembrar que a Petrobras é uma empresa e não pode ser responsável por uma política pública.
O presidente da empresa reafirmou que a Petrobras está atuando agora no regime de leasing.
Parente afirmou ainda que a Petrobras fez um acordo com as pessoas que estavam administrando a Ecovix, empresa que tem estaleiro em Rio Grande e demitiu trabalhadores no fim de 2016.
– Demos recursos para o estaleiro ficar em operação em um ano e encontrar alguém para tocar o negócio – afirmou.
Ouça a entrevista completa:
Preços dos combustíveis vão depender do mercado
Em 2017, o preço do diesel teve aumento em janeiro. Depois disso, o preço ainda não foi alterado. Ainda assim, segundo Parente, não há como antecipar se pode haver aumento no primeiro semestre deste ano.
– Vai depender do mercado – disse Parente que afirmou ainda que a Petrobras está revisando os preços dos combustíveis mensalmente desde que mudou a política, em outubro de 2016. Em dezembro, foi a última vez que elevou o preço da gasolina nas refinarias.