O ministro Herman Benjamim, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), concluiu, na noite desta sexta-feira, as duas acareações realizadas entre Marcelo Odebrecht, ex-presidente do grupo que leva seu sobrenome, e ex-executivos da empreiteira.
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Na noite desta sexta, a ex-secretária da empreiteira Maria Lúcia Tavares presta depoimento ao TSE por meio de videoconferência. Maria Lúcia atuou no Setor de Operações Estruturadas, como responsável pela operacionalização dos pagamentos e controle da contabilidade do departamento.
Alvo da Operação Acarajé, Maria Lúcia fez no ano passado acordo com a força-tarefa do Ministério Público Federal. Em troca da liberdade e de um possível perdão judicial, relatou aos investigadores como funcionava o sistema de pagamento de propinas. A ex-secretária é considerada a testemunha-chave que levou o alto escalão da Odebrecht a fazer delação premiada.
Acareações
A primeira acareação realizada nesta sexta-feira foi entre Marcelo Odebrecht, Hilberto Mascarenhas, ex-funcionário da Odebrecht ligado ao "departamento de propina", e o ex-executivo Benedicto Júnior. Durou cerca de duas horas.
Outro ex-executivo, Fernando Migliaccio, foi chamado para participar dessa acareação, após ter prestado depoimento ao TSE horas antes.
Depois, Marcelo Odebrecht participou de uma segunda acareação, desta vez com o ex-diretor de relações institucionais da empreiteira Cláudio Melo Filho, que durou aproximadamente uma hora.
A maratona de acareações e depoimentos já dura mais de cinco horas e meia no TSE.
Em uma tentativa de evitar vazamentos, Benjamin decidiu restringir o número de advogados que poderão acompanhar o depoimento, que corre sob sigilo. O ministro determinou que cada uma das partes envolvidas na ação - PSDB, Dilma e Temer - tenha apenas um advogado nas oitivas.
*Estadão Conteúdo