O nome de mais 21 políticos e de um assessor estão entre os integrantes da lista de pedidos de inquérito enviada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com reportagem do Jornal Nacional. Entre os citados pelo jornal, estão mais um ministro do governo Temer, Marcos Pereira (PRB-RJ) (Indústria, Comércio Exterior e Serviços), e ao menos cinco governadores: Renan Filho (PMDB), de Alagoas, Luiz Fernando Pezão (PMDB), Rio de Janeiro, Fernando Pimentel (PT), Minas Gerais, Tião Viana (PT), Acre e Beto Richa (PSDB), Paraná.
Leia mais:
Maia: envio de lista de Janot ao STF não prejudica funcionamento do Congresso
Só quatro entre os 55 nomes da primeira lista de Janot viraram réus no STF
Saiba quais são os crimes que levaram políticos e empresários à lista de Janot
No novo vazamento, aparece o nome de dois gaúchos, o deputado Marco Maia (PT) e o ex-assessor direto da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) Anderson Dornelles. Além de Maia, os deputados federais Andrés Sanchez (PT-SP), Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), José Carlos Aleluia (DEM-BA) e Paes Landim (PTB-PI) também fazem parte da lista.
No Senado, as novidades são os nomes de Lindbergh Farias (PT-RJ), Jorge Viana (PT-AC), Marta Suplicy (PMDB-SP) e Lídice da Mata (PSB-BA).
No total, Janot remeteu ao Supremo 320 petições. Além dos 83 inquéritos, há 211 pedidos para que os autos sejam remetidos a instâncias inferiores – isso ocorre nos casos envolvendo pessoas sem foro no STF. Há ainda sete pedidos de arquivamento e 19 outras providências.
Contrapontos
Segundo o site G1,
O deputado Marco Maia (PT-RS) disse que desconhece o teor das delações da Odebrecht;
O ministro da Indústria, Marcos Pereira (PRB), disse estar à disposição das autoridades;
Edinho Silva (PT-SP) afirmou que todas as doações recebidas pela campanha foram legais;
A defesa de Sérgio Cabral (PMDB-RJ) informou que só se manifestará quando for comunicada;
Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) e os governadores do Acre, Tião Viana (PT), e de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT) e o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) não se quiseram se manifestar sobre o caso;
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse desconhecer o conteúdo do teor do pedido;
Os deputados José Carlos Aleluia (DEM-BA) e Paes Landim (PTB-PI), a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), Paulo Skaf (PMDB) e o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB) disseram que só receberam doações legais;
Beto Richa (PSDB), governador do Paraná, afirmou que desconhece o contexto no qual seu nome foi citado no pedido de abertura de inquérito;
O deputado Andrés Sanchez (PT-SP) disse não haver provas contra ele;
Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que confia que a investigações vão esclarecer os fatos;
A defesa de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) diz que "as delações não têm sido amparadas em provas";
Duarte Nogueira disse que as contas dele foram aprovadas;
Anderson Dornelles disse que nunca esteve em reunião na sede da empreiteira Odebrecht e que não pediu ou recebeu dinheiro nem autorizou que outra pessoa fizesse isso em seu nome.
Os outros citados não se pronunciaram até as 22h desta quarta-feira.