A obra de ampliação do prédio da Câmara de Vereadores de Santa Maria está parada há quatro anos. A construção começou em 2012, mas em janeiro do ano seguinte acabou parando. A obra, orçada em quase 5 milhões, contabiliza um histórico de problemas e já consumiu cerca de R$ 1,5 milhão dos cofres públicos.
A obra contabiliza um histórico de problemas. Entre eles, o rompimento de contrato, ainda em outubro de 2013, com a Engeporto – empresa que esteve à frente dos serviços – por descumprir cláusulas contratuais e também por inobservância de questões trabalhistas. Além disso, há poucas informações da obra, com ausência de pareceres do que já foi executado e pago pela obra e também laudos do andamento da construção. A empresa também não apresentou um relatório de execução das fundações.
Por tudo isso, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) realizou uma inspeção da obra que, no momento, está em fase de análise de esclarecimentos.
A situação evidencia uma falta de gestão e, principalmente, é apontada como desperdício de dinheiro público do contribuinte. A avaliação é do cientista político e professor de Teoria Social da Unipampa Guilherme Howes.
A Gaúcha conversou com engenheiros que acreditam que a situação da estrutura física pode trazer implicações futuras ao prédio e, inclusive, com algumas partes da obra poderão ter de ser refeitas.
Ainda no ano passado, a Câmara de Vereadores solicitou a uma empresa um levantamento geral da obra. Ou seja, uma espécie de radiografia da construção. O atual presidente do Legislativo, Admar Pozzobom, do PSDB, avaliou que, depois disso, decidirá o que poderá ser feito.
Licitação
Para ser retomada, a obra precisará passar por novo processo licitatório. O valor, que inicialmente era de R$ 4,9 milhões, terá de ser corrigido.