O novo ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB), ressaltou que não há hipótese de interferência na Operação Lava-Jato. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, Serraglio disse que obstruir os trabalhos seria um crime de lesa-pátria. O novo ministro destacou que as investigações estão sendo feitas com total sintonia entre o Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal (PF) e a Justiça Federal em Curitiba.
Com relação à crise no sistema prisional, Serraglio defendeu a separação dos presidiários perigosos daqueles autores de crimes menos graves. Neste sentido, sugere que um preso em flagrante seja imediatamente ouvido por um juiz que, por sua vez, determinaria ou não a reclusão. Ele criticou o longo período de algumas prisões temporárias, que também acabariam contribuindo para a superlotação das casas prisionais.
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Serraglio também comentou sobre a polêmica de ter encerrado sessão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Câmara dos Deputados, em julho de 2016, na qual avaliaria o recurso de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) contra parecer do Conselho de Ética que recomendava a cassação. Ele explicou que precisou encerrar os trabalho porque estava sendo aberta sessão plenária para escolher o novo presidente da Câmara. Serraglio destacou que, no dia seguinte, a sessão foi retomada na CCJ e teve cinco horas de duração.