O empresário Eike Batista foi preso pela Polícia Federal (PF), na manhã desta segunda-feira, após desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro. Conforme a Globo News, ainda na pista do Galeão, dois veículos da PF cumpriram o mandado de prisão preventiva expedido pela 7ª Vara Federal do Rio.
O empresário deixou o Instituto Médico Legal (IML) às 11h, após passar por exames de corpo de delito. Logo depois, às 11h20min, ele chegou ao Presídio Ary Franco, na zona norte da capital carioca, onde são detidos os suspeitos de crimes federais que não têm nível superior. Cerca de duas horas depois, com a cabeça raspada, o empresário foi transferido para o Complexo Penitenciário de Gericinó, conforme informações do G1.
– A defesa não teve acesso ao cliente. A gente vai definir a linha de defesa em conjunto – afirmou o advogado de Eike, Fernando Martins, explicando que ainda não sabe quando ocorrerá o depoimento do empresário à PF.
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O advogado de Eike reiterou que tem preocupação com a integridade física do empresário. O Presídio Ary Franco opera com mais que o dobro da capacidade. De acordo com dados de dezembro de 2016, a casa prisional tem capacidade para 968 presos, mas abriga 2.129 detentos.
Eike é alvo da Operação Eficiência e era considerado foragido, já que havia deixado o país na terça-feira da semana passada – dois dias antes da ação deflagrada pela PF. Na noite de domingo, ele embarcou no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, e retornou ao Brasil. À reportagem da TV Globo, o empresário disse que "está na hora de passar as coisas a limpo" e que "está à disposição da Justiça".
O empresário é suspeito de ter pago US$ 16,5 milhões em propinas a Cabral (PMDB) por meio da conta Golden Rock no TAG Bank, no Panamá. Os investigadores apontam o envolvimento de Eike e Cabral em lavagem de US$ 100 milhões no exterior.