O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) divulgou uma nota em que afirma estar tranquilo para esclarecer todos os pontos levantados na investigação que resultou na denúncia contra ele apresentada nesta segunda-feira, no Supremo Tribunal Federal (STF), pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot.
Na denúncia, a primeira contra o senador derivada da Operação Lava-Jato, Renan foi acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por ter recebido da empresa Serveng, em 2010, R$ 800 mil em propina travestida de doação legal de campanha.
Leia mais
Veja o que o executivo da Odebrecht delatou contra Temer, Renan, Rodrigo Maia e a cúpula do PMDB
Marco Aurélio entrará para história pela porta dos fundos, diz Renan Calheiros
Renan marca três sessões no mesmo dia para acelerar PEC do Teto
O procurador-geral da República escreveu que o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE), também denunciado pelos mesmos crimes, serviu de intermediário entre a Serveng, Renan Calheiros e Paulo Roberto Costa, então diretor de Abastecimento da Petrobras.
A quantia de R$ 800 mil teria como objetivo real comprar o favorecimento da Serveng em licitações feitas pela petroleira estatal, segundo Janot.
"O senador Renan Calheiros jamais autorizou ou consentiu que o deputado Aníbal Gomes ou qualquer outra pessoa falasse em seu nome em qualquer circunstância", diz a nota divulgada pela assessoria de imprensa do Senado logo após a confirmação da denúncia.
"O senador reitera que suas contas eleitorais já foram aprovadas e está tranquilo para esclarecer esse e outros pontos da investigação", conclui o texto.
A denúncia desta segunda-feira contra Renan é consequência de um dos 11 inquéritos contra o senador que tramitam no STF, oito deles relacionados à Lava-Jato. No início do mês, ele se tornou réu pelo crime de peculato, numa ação penal não relacionada aos desvios na Petrobrás.
*Agência Brasil