Nas eleições que representaram uma derrocada para a esquerda brasileira, especialmente para o Partido dos Trabalhadores (PT), Eduardo Suplicy caminhou na contramão. Figura histórica da sigla, elegeu-se o vereador mais votado do país na cidade (São Paulo) que encabeçou os protestos contra Dilma Rousseff.
Foram 301.446 votos. Aos 75 anos, o ex-senador consolidou-se como um político admirado, sobretudo pelos mais jovens, e parece isolar-se das denúncias de corrupção envolvendo o partido que ajudou a fundar. Ele encontrou nas redes sociais uma ponte para se aproximar desse eleitorado cada vez mais descolado das figuras tradicionais.
Chamado de "Papito" pelos usuários – repetindo o apelido pelo qual também é conhecido Supla, um de seus três filhos com Marta Suplicy –, o petista transformou-se em celebridade online e acumula vídeos que viralizam nas timelines. Em dois dos mais recentes, aparece correndo de sunga nas areias cariocas e cantando com o filho João Blowing in the wind, um dos hinos de Bob Dylan, em homenagem ao Prêmio Nobel de Literatura outorgado ao cantor e compositor americano. Também chamou atenção o episódio em que foi detido pela polícia paulista ao resistir a uma ordem de desocupação. Diante de casos como esse, há quem o critique, chamando-o de marqueteiro.
Em novembro, Suplicy concedeu uma entrevista de mais de três horas, divididas em duas ligações. Do seu escritório anexo a sua residência, no bairro Jardim Paulistano, conversou, com sua característica fala mansa, sobre o futuro do PT, sobre Lula, sobre Dilma e sobre Marta.
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O PT, fundado sob a bandeira da ética, acumula, hoje, líderes envolvidos em esquema de corrupção. O partido chegou ao fim de um ciclo?
Não. Eu acho que precisamos realizar uma reflexão de profundidade e verificar quais foram os problemas. Em 2002, nós teríamos a eleição presidencial – seria a quarta com participação de Lula, mas a primeira que ele venceu – e, em uma reunião do diretório nacional, o deputado então do PT Chico Alencar (hoje no PSOL) disse que seria importante passarmos a registrar em tempo real todas as contribuições de pessoas físicas e jurídicas para cada candidato e para o PT. Achei muito positivo, mas o tesoureiro Delúbio Soares disse que, se revelássemos quais empresas contribuíam, poderíamos inibir doadores. Acabou prevalecendo isso, mas sempre achei "puxa vida, se a sugestão do Chico Alencar tivesse sido aceita, garantiríamos uma transparência maior e, obviamente, um cuidado muito maior para não se aceitar caixa 2 e outros problemas que aconteceram". Devemos refletir sobre isso, dar os passos para corrigir os problemas, voltar a dar ênfase aos grandes propósitos que me fizeram aceitar ser fundador do PT e lutar pelos objetivos de construção de um Brasil democrático. Felizmente, está havendo uma sequência de reuniões de pessoas do partido para refletir sobre como melhorá-lo e fazê-lo voltar a caminhar na trilha mais correta possível.
As eleições municipais representaram uma derrota para a esquerda e especialmente para o PT. Em contrapartida, o senhor, histórica figura do partido, foi o vereador mais votado do país. De que forma avalia essa contradição?
É fato que, tanto em São Paulo quanto em todo o Brasil, o PT enfrenta dificuldades. Em São Paulo, temos um prefeito de excelente qualidade, o Fernando Haddad, que merecia estar no segundo turno. Infelizmente, ele não chegou, e o João Doria venceu. O mesmo aconteceu em Porto Alegre, onde o PT não conseguiu (vencer as eleições) com o Raul Pont, considerado um excelente prefeito. Felizmente, eu consegui, com 301.446 votos, a maior votação da história de São Paulo e do Brasil para um candidato a vereador. Considero um reconhecimento do meu trabalho e empenho. Em 2014, não consegui chegar ao Senado pela quarta vez porque houve um verdadeiro tsunami, especialmente para o PT, no Estado de São Paulo. Enquanto Dilma Rousseff teve 70%, 80% dos votos no Nordeste e no Norte, em São Paulo, no primeiro turno, teve apenas 25%. Desta vez, o que foi possível para mim foi aceitar a realização de palestras. Realizei mais de cem palestras, o que fez com que eu pudesse explicar mais a fundo as minhas proposições. Normalmente, falo sobre como construir um Brasil justo e civilizado, sobre os valores que devemos levar em consideração – e não apenas a busca pelo interesse próprio. Quando concluo, as pessoas, com muito entusiasmo, têm aplaudido. Acho que essa é uma das explicações para eu ter conseguido esse ótimo resultado.
O que o senhor quer dizer com "tsunami"?
Houve alguns problemas com respeito a pessoas na nossa história, o que teve um efeito fortíssimo na mídia, que atacou muito ferozmente o PT. E muitas vezes de uma forma generalizada, pois, dentro do partido, existem pessoas que sempre procederam da forma mais séria. Eu tenho em Olívio Dutra, Tarso Genro e Paulo Paim, para citar três do Rio Grande do Sul, figuras nacionais reconhecidas pela sua retidão, honestidade e transparência. Quando perguntam sobre os problemas no PT, seja no campo do mensalão ou da Lava-Jato, costumo explicar que, quando estamos em uma grande organização, com mais de 1,8 milhão de filiados, e algumas pessoas cometem erros gravíssimos, como o enriquecimento ilícito, constitui nosso dever tomar medidas para preveni-los e corrigi-los.
O senhor é tido com um político íntegro, inclusive entre opositores. Diante dos recentes escândalos no PT, cogita abandonar a sigla?
Não, ao contrário. O que quero é justamente contribuir para que o PT ande da forma mais correta possível, na mesma linha de raciocínio que Tarso, Olívio, Paim e outros gaúchos têm expressado. Tenho esperança de que isso vai acontecer: continuarmos com a sigla e voltarmos aos objetivos maiores que fizeram com que fôssemos um dos partidos progressistas de esquerda mais fortes no planeta.
Há dirigentes petistas defendendo que os "descontentes" deixem a sigla.
Precisamos evitar que venhamos a cometer novamente erros. Se alguém cometeu erros, primeiro é preciso dar o mais pleno direito de defesa. Se acontecer de alguns serem eventualmente condenados, eles podem refletir e agir daí para frente da maneira correta. As pessoas podem cometer erros na vida. Nenhum de nós é perfeito. É importante refletir e caminhar na direção mais correta.
Essas pessoas que eventualmente erraram não deveriam ser expulsas da sigla, então.
Depende de cada caso e da gravidade. Não necessariamente. Cito um exemplo: o Delúbio Soares havia sido mandado embora do partido, depois pediu para voltar. Tive uma conversa com ele e falei que não tinha objeção que ele voltasse a ser membro do PT, mas que reconhecesse que seria muito melhor se tivéssemos acatado aquela sugestão do Chico Alencar.
Como o senhor viu a saída de sua ex-mulher, Marta Suplicy, do PT e a filiação no PMDB?
No fim de 2014, pouco depois da eleição vitoriosa de Dilma, a Marta anunciou que deixaria o seu cargo (de ministra da Cultura) antes de todos os demais ministros. Ela fez algumas observações críticas ao PT, e saíram notícias de que ela poderia deixar o partido. Um dia me perguntaram o que eu achava, e eu disse que, caso ela me perguntasse, diria para ela consultar as bases do partido, que diriam para ela continuar. Mas ela ficou brava comigo por eu ter expressado isso e preferiu nunca conversar comigo sobre a decisão de sair do PT e ingressar no PMDB. Quando estava para ser decidido o impeachment, escrevi uma longa carta para ela recordando os episódios que tivemos em comum, inclusive no PT, quando ela recebeu apoio para ser candidata a deputada federal, governadora, prefeita, quando Lula a convidou para ser ministra do Turismo e, depois, com todo o meu apoio, mesmo já estando separados, candidata a senadora e ministra da Cultura. Nesta carta, eu disse que Marta havia sido testemunha da seriedade de Dilma. A presidenta pode ter cometido diversos erros administrativos, e a Marta foi crítica de alguns procedimentos porque, em 2014, chegou a tentar persuadir Lula a ser o candidato à sucessão. Mas Lula achou por bem que fosse a Dilma.
Ela nunca lhe respondeu essa carta?
Não. Falamos sempre sobre nossos filhos e netos, mas, sobre essa disputa, não. Participei da campanha do Fernando Haddad (à prefeitura de São Paulo, na qual Marta também concorreu) e me empenhei para que ele fosse reeleito, mas tomei a resolução de não fazer qualquer crítica a ela, até por respeito aos meus três filhos, que votaram na mãe para prefeita e no pai para vereador.
Em 2018, a candidatura de Lula à Presidência está entre as possibilidades ou as denúncias da Lava-Jato o tornaram um ex-líder?
Não há dúvidas de que Lula continua sendo uma liderança importante no PT e no Brasil. Não que necessariamente ele vai ser o candidato à Presidência em 2018. Isso depende de muitas circunstâncias. O Lula tem uma intuição e uma percepção muito afinadas para avaliar em que medida será importante, ou não, ser candidato. Ele tem consciência de que consegue aglutinar setores muito extensos da população brasileira, mas é possível que, à certa altura, ache melhor não ser candidato. Hoje, há diversas figuras no PT dizendo para Lula ser o presidente do partido. Ele disse que, se não se encontrar um nome de consenso, talvez seja melhor construir uma coordenação de diversas pessoas, em uma direção colegiada. Não é necessariamente o que vai ocorrer, mas é uma reflexão que ele mesmo colocou porque acha que não seria bom ser o presidente nacional do partido agora. Faço esse paralelo porque essa reflexão pode também acontecer em 2018, que o Lula pense: "Será que para levar o Brasil para onde queremos, um país efetivamente democrático onde haja possibilidade de efetiva ascensão daqueles que ainda hoje estão em situação de pobreza absoluta e que ainda não têm as devidas oportunidades de educação, moradia, assistência à saúde, é melhor eu ser candidato a presidente ou outra pessoa do partido pode vir a ser?".
Essas "circunstâncias" passam pela Lava-Jato, em que Lula é alvo de investigações?
É uma das preocupações. Os advogados de Lula procuraram demonstrar que as denúncias contra ele não se comprovarão, e o próprio Lula também diz que está inteiramente à disposição da Justiça para comprovar que não cometeu qualquer ilicitude ao longo de sua vida. Se ele conseguir superar o obstáculo das denúncias relativas à Lava-Jato e comprovar a sua inocência – e isso deverá estar concluído até 2017 –, estaremos sabendo, em 2018, como estará a situação de Lula, bem como a de outras figurar importantes, seja do PT, do PSDB, dos Democratas, do PP e dos mais diversos partidos.
E se Lula não comprovar sua inocência?
A minha expectativa é que ele consiga. Ouvi algumas vezes de Lula que ele desafia alguém a encontrar R$ 10 indevidos em alguma conta dele. Inocentando-se, obviamente, é um potencial candidato à Presidência. Mas, ainda assim, ele poderá avaliar se convirá, ou não, ser (candidato) ou simplesmente continuar como uma liderança importante no Brasil e no PT, que pode influenciar sobremodo qual será a escolha que o partido fará: ter candidato próprio ou eventualmente se coligar a outro partido. Tudo isso ainda está em aberto.
A força-tarefa da Lava-Jato tem sido criticada por conta do uso de métodos que violariam direitos de defesa. O senhor concorda?
Acho que houve uma ênfase forte da Lava-Jato em fazer o cerco às pessoas do PT bem maior do que a pessoas de outros partidos. Parece que, em relação a lideranças, seja do PMDB, do DEM, do PSDB, as coisas têm andado bem mais devagar. Quando são referentes ao PT, ocorrem com maior celeridade.
Mas por que haveria essa ênfase no PT?
Porque o PT representa o partido e as ideias que as forças mais conservadoras do país desejam derrotar e afastar do governo.
Mudando um pouco de assunto: em 2014, o senhor encerrou o mandato de 24 anos como senador sem ser recebido pela então presidente Dilma Rousseff após pedidos reiterados em cartas que nunca tiveram retorno.
Foram 34 cartas.
O senhor guarda mágoa da ex-presidente?
Não. Nós nos encontramos algumas vezes. Em dezembro de 2014, compareci a sua diplomação. Tinha uma longa fila, fui cumprimentá-la e ela foi muito amável e disse: "Eduardo, me dê um beijo". Eu me aproximei, dei-lhe um beijo e falei para ela pertinho do ouvido: "Presidenta, eu lhe agradeceria muito se a senhora pudesse me receber antes de terminar meu mandato. Acho que seria justo". Ela disse que seria mais do que justo e que me receberia no final de dezembro. O Beto Vasconcelos (chefe de gabinete de Dilma) disse que ela estava precisando conversar com todos os ministros, que estava muito difícil naqueles dias e que teria de ser um pouco depois... Tudo bem. Quando chegou o fim de janeiro, falei ao Beto que nos dias 26, 27 e 28 poderia ir ao palácio a qualquer hora. Quando chegou a semana, ele me falou que havia caído a presidente da Petrobras, Graça Foster, e que ficou impossível. Aí chegou março, dia 14, ela veio ao Anhembi, em São Paulo, fazer uma conferência para empresários da construção civil. Assisti à palestra, e o cerimonial me disse para cumprimentá-la. Ela me viu e falou: "Eduardo, você está aqui!". Eu disse: "Sim, estava na primeira fila, logo em frente ao seu púlpito". Ela disse que a luz tão forte na sua vista não havia permitido me enxergar. "E a nossa audiência, presidenta?", perguntei. "Eduardo, não é que eu não queira recebê-lo, acontece que o que você me pede, a renda básica de cidadania, é impossível realizar agora", ela respondeu. Eu disse que havia lhe encaminhado uma lista com 70 nomes de conhecedores do tema para que ela constituísse um grupo de trabalho para estudar as etapas previstas na lei, então ela disse que me receberia em junho. Eu disse que agradeceria muito se ela pudesse me receber antes do meu aniversário, dia 21 de junho, e ela disse que me receberia no dia 20 com bolo. Eu disse: "Que bom, presidenta, vai ser o meu melhor presente de aniversário". O chefe de gabinete marcou para 22 de junho, uma segunda-feira, às 17h. Fui a Brasília. Às 14h50min, estava me encaminhando para o Palácio do Planalto e me telefonam avisando que havia ocorrido problemas tão difíceis, e de fato havia, que a audiência precisou ser cancelada. Falei "tá bom, fico esperando" e fui enviando outras cartas. Finalmente, quando estava para ser votado o impeachment (em agosto), eu iria a Brasília para conversar com senadores e tentar persuadi-los a votar contra. Também fui ao palácio. Ela me recebeu muito bem. Expliquei a importância de ela constituir o grupo de trabalho. Perguntei se poderia transmitir a quem perguntasse que ela havia aceitado a proposta. Ela falou que sim, e daí eu informei a todos que me perguntaram porque imaginava que ela pudesse voltar ao exercício da Presidência e que o grupo de trabalho viria a ser constituído.
Nesse encontro, o senhor reclamou a Dilma da demora em recebê-lo?
Eu estava tão feliz que ela estava finalmente me recebendo… Ela foi muito atenciosa comigo, agradeceu a solidariedade que eu prestei, porque sabe que fui em muitos atos para protestar contra o impeachment. Não guardo mágoa. Ao contrário, acho que ela sempre foi uma presidenta séria.
Críticos o chamam de ingênuo e contraditório. Como o senhor responde a esses julgamentos?
Sempre procurei agir da maneira mais correta. Lembro-me de diversas vezes, em diálogos ao longo desses 36 anos com Lula, que ele dizia: "Eduardo, para nós do PT, a ética é fundamental". Para mim sempre foi. Nas reuniões da direção do partido, sempre alertei e defendi que deveríamos agir com toda a correção e transparência. Por exemplo, tenho uma norma de nunca indicar pessoas para postos na administração. Claro, dou o meu testemunho se alguém me pergunta o que acho de tal pessoa. Sempre disse aos vereadores, deputados ou senadores que votem de acordo com a sua consciência e com o que acham melhor para o interesse público, nunca porque o governo aceitou a indicação de um nome ou liberou recursos de alguma emenda.
O senhor tem 75 anos, mas atua como um jovem militante. Em uma recente desocupação em São Paulo, atirou-se no chão para impedir o avanço da PM e acabou dentro de um camburão. O que ainda o motiva a manter o espírito combativo?
Felizmente, tenho muita energia de vida. Hoje, o meu problema tem sido aceitar todos os convites que chegam. Ao longo deste ano, fiz mais de cem palestras.
Foi uma experiência traumática, a prisão?
Não. Quando vi que havia 12 homens subindo a ladeira com escudos, cassetetes na mão e armas na cintura, e cerca de 80 moradores começaram a empurrar os escudos, eu disse que iria ocorrer um conflito e que seria solidário. Me deitei no chão, quatro mulheres deitaram-se ao meu lado, e veio a oficial de Justiça e o capitão da polícia. Eles pediram que eu me levantasse, falei que não e que, se quisessem, poderiam me levar. Sou um discípulo dos ensinamentos de Mahatma Gandhi e Martin Luther King Jr. de nunca agir pela violência. Daí vieram quatro ou cinco policiais e me carregaram uns 200 metros até a perua da Polícia Militar, me puseram em um banco e três ficaram de pé ao meu lado. Eles disseram que eu estava em muito boa forma física, contei a eles que sempre faço exercício e que treinei boxe dos 15 aos 20 anos. Eu expliquei para o delegado no distrito policial, o escrivão anotou tudo, mas nada aconteceu depois. Não fui mais chamado.
O senhor também envolveu-se em episódios cômicos, como o dia em que uma fã o agarrou no metrô e vocês caíram dentro do vagão. Sentiu-se constrangido depois de o vídeo viralizar na internet?
Após 24 anos no Senado, progressivamente, em cada lugar aonde vou, aumenta o número de pessoas que me abraçam e querem tirar foto. Naquele dia, após comparecer ao lançamento de um livro, peguei o metrô de volta para casa. Quando desci a escada da estação, já tinham uns 10 jovens que queriam tirar fotos. Chegou o trem e, na hora em que entrei, uma das moças me abraçou e falou: "Suplicy, eu gosto muito de você, eu te amo!". De repente, me deu um beijo na boca. Nenhum de nós estava segurando o suporte, o trem começou a andar e caímos no colo de uma pessoa que estava no banco. Eu nem tinha percebido, mas uma pessoa estava filmando.
Os seus vídeos viralizam na internet. Trata-se de espontaneidade ou marketing político?
Eu faço as coisas que a minha intuição me leva a fazer, procurando agir com bom senso e respeitar todos os seres humanos. Não é uma questão de marketing, é uma questão de respeito ao ser humano e de contínua busca pela construção de um Brasil e de um mundo melhores.