O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, negou, nesta segunda-feira, que o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero teria sido orientado pela Polícia Federal (PF) a fazer gravações de suas conversas com o presidente da República, Michel Temer (PMDB), e com outros ministros.
– O ex-ministro não disse que foi orientado pela Polícia Federal. É importante colocar bem as palavras. Ele disse ao programa Fantástico que tem amigos na PF e que esses amigos o teriam orientado. Então, não é uma questão institucional. É uma questão de amizade e ele nem apresentou quem são esses amigos. É uma questão pessoal de amizade dele – disse após reunião com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
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Obviamente, segundo Moraes, que se Calero apresentar os amigos, o Ministério irá analisar o caso.
– Primeiro temos que comprovar se houve gravações porque ele não apresentou nenhum vídeo e se recusou a dizer quem eventualmente teria gravado – afirmou o ministro da Justiça.
Moraes disse ainda que Calero entregou à Polícia Federal um gravador digital com uma gravação que está sendo analisada por peritos de instituição. Perguntado se a gravação é licita ou ilícita, Moraes disse que antes é preciso comprovar a materialidade do conteúdo do gravador.
– A materialidade só será possível a partir do momento da transcrição do áudio. Mas vocês podem ter a certeza de que depois da materialidade vamos ter uma posição oficial – disse.
*Estadão Conteúdo