No despacho que determinou a prisão preventiva do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o juiz Sergio Moro, responsável pela condução das investigações da Operação Lava-Jato na Justiça Federal de Curitiba, justifica a medida devido ao risco de que o político obstrua o andamento das apurações. No documento, Moro ressalta que, apesar de ter perdido o mandato, o ex-presidente da Câmara ainda não teve o poder "totalmente esvaziado".
"Embora a perda do mandato represente provavelmente um perda de poder, esse não foi totalmente esvaziado, desconhecendo-se até o momento a total extensão das atividades criminais do exparlamentar e a sua rede de influência", diz trecho do documento.
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Ao justificar a prisão preventiva do peemedebista, Moro alega que Cunha tem se envolvido na "prática habitual e profissional de crimes contra a Administração Pública e de lavagem de dinheiro". "Sem a tomada de medidas mais duras, é de se recear que potenciais testemunhas contra o acusado se sintam igualmente intimidadas em revelar a verdade e colaborar com a Justiça", justifica.