A Polícia Federal (PF) será a responsável pelo inquérito que apura a autoria dos disparos contra o comitê de campanha do candidato Nelson Marchezan Junior (PSDB), na noite do último domingo. A Lei de Segurança Nacional prevê a situação sempre que houver “atentado pessoal ou atos de terrorismo, por inconformismo político”.
Com isso, a Polícia Civil repassará os dados apurados até agora e não atuará no caso.
Nesta terça-feira (18), uma testemunha foi ouvida na sede da PF em Porto Alegre. No entanto, a identidade dela não foi revelada. Duas pessoas já haviam sido ouvidas pela Polícia Civil. Ainda não há definição se elas serão chamadas para depor novamente.
Caso haja a confirmação de motivação política para o ato criminoso, o inquérito, após a conclusão, será encaminhado para a Justiça Federal. Se a situação não for ligada às eleições ou a rixas partidárias, o caso pode ser remetido para a Justiça Estadual.
Tiros
O comitê de campanha de Marchezan, que fica na esquina das Avenidas Ipiranga e da Azenha, foi atingido por mais de 10 tiros. O candidato postou um vídeo na internet dizendo que acredita que o caso seja uma tentativa de homicídio, já que os disparos foram direcionados a um grupo de pessoas que estava dentro do prédio, que tem paredes de vidro.
Na segunda-feira (17), o prefeito José Fortunati afirmou que uma servidora que tentava a concessão de licença-prêmio relatou que o irmão, que seria policial civil, estaria sendo ameaçado por um traficante. O irmão estaria no local no momento do ataque. No entanto, as primeiras apurações dão conta de que não havia nenhum policial na cena do crime.