Cinco correntes minoritárias do PT decidiram nesta segunda-feira, em Brasília, reforçar o movimento de pressão para trocar a cúpula do partido. Sob o mote "Muda PT", o grupo resolveu convocar um encontro, nos dias 3 e 4 de dezembro, para debater os rumos da sigla e exigir mudanças.
– Nós não queremos individualizar a crítica nem estamos dando um ultimato, mas a ideia de que tudo o que sofremos vem do ataque da direita impede um debate crítico – disse o secretário de Formação Política do PT, Carlos Henrique Árabe.
Leia mais:
Para ex-ministro, renovação da direção do PT não deve ser prioridade
Dilma diz que está participando das discussões para reformular o PT
Receita suspende isenção tributária do Instituto Lula relativa a 2011
Embora parlamentares que compõem o grupo argumentem, nos bastidores, que pode ocorrer nova debandada no partido se não houver mudanças de práticas internas, Árabe afirmou estar otimista com as discussões.
– Queremos oxigenar o PT – insistiu.
Ao fim da plenária, o grupo "Muda PT" aprovou uma declaração política, convocando os militantes do partido a ocuparem as ruas em defesa de um "grande e imediato" Congresso da sigla, que seja capaz de apresentar "nova estratégia" e programa, além de eleger os novos dirigentes petistas.
"A vida nos exige coragem e o que nos une é a disposição de mudar o PT. A atual maioria do partido, além de se negar a reagir à gravidade do momento que vivemos, quer limitar o debate partidário a realizar ou não um PED (Processo de Eleições Diretas)", diz a declaração do grupo, aprovada nesta segunda-feira.
– Nossos sonhos não cabem nesses artifícios burocráticos.
*Estadão Conteúdo