A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta terça-feira, negar mais um pedido da defesa para soltar o ex-deputado federal André Vargas, condenado em uma das ações penais da Operação Lava-Jato. Vargas está preso desde abril do ano passado no Complexo Médico-Penal em Pinhais, região metropolitana de Curitiba.
No Supremo, os advogados alegaram que houve ilegalidades na decisão do juiz federal Sergio Moro, que determinou a prisão e a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-deputado paranaense.
Leia mais
Lava-Jato precisa parar com exibicionismo, diz Renan
Ex-presidente da Andrade Gutierrez é condenado a 18 anos de prisão domiciliar
Bancos suíços aumentam fiscalização de dinheiro de políticos brasileiros
A votação foi por unanimidade. Votaram contra a concessão de liberdade o relator, Teori Zavascki, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Celso de Mello, e o presidente do colegiado, Gilmar Mendes.
Em setembro do ano passado, o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal na capital paranaense, condenou Vargas a 14 anos e quatro meses de reclusão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Em dezembro de 2014, o mandato de André Vargas foi cassado pela Câmara dos Deputados. Os parlamentares decidiram cassá-lo por envolvimento em negócios com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato por participação em um esquema de lavagem de dinheiro em obras da Petrobras.
Na mesma sessão, os ministros negaram pedidos para anular a parte da investigações da Operação Lava Jato que envolve os ex-diretores da empreiteira Queiroz Galvão Idelfonso Colares e Othon Zanoide.
*Estadão Conteúdo