O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), disse que seria desproporcional cassar os direitos políticos de Dilma Rousseff após a ex-presidente ter perdido o mandato.
A declaração foi dada durante viagem a Hangzhou, onde Renan acompanha o presidente Michel Temer para a reunião da cúpula do G-20. As informações são dos jornais Folha de S. Paulo e Estado de São Paulo.
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Renan voltou a dizer que a decisão tomada no caso da ex-presidente não pode ser utilizada como base para outros casos, como o de Eduardo Cunha e Delcídio Amaral.
No Senado, Dilma foi afastada do cargo por 61 votos a 20 e manteve os direitos de exercer funções públicas por 42 votos a 36, votação insuficiente para aplicar a pena da inabilitação. Ela comentou que, como mineira, ficou "desconfiada" com o resultado.
– Ela não se sente contemplada por isso, ela queria não ter sido afastada – disse Renan.