Durante uma análise sobre a economia mundial, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde citou o Brasil e a Rússia como países que estão "mostrando alguns sinais de melhoria após um período de severa contração". Ela afirmou que a economia mundial ainda apresenta uma série de fragilidades, mas acrescentou que as perspectivas para as economias emergentes e em desenvolvimento "merecem um otimismo cauteloso".
Em palestra na escola Kellogg de Administração, na Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, Christine disse que as economias emergentes vão continuar contribuindo com mais de três quartos do crescimento global em 2016 e 2017.
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A diretora-gerente do FMI afirmou que a China vem trabalhando nos últimos anos para equilibrar a expansão da indústria local com a área de serviços e tem reorientado o seu foco para o consumo interno. Este posicionamento, de acordo com Christine, vai permitir o desenvolvimento sustentável do País, mesmo com um crescimento mais lento. Ela lembrou que o crescimento lento é ainda "robusto" porque significa uma expansão anual de 6% os chineses.
Índia faz reformas significativas
Christine destacou ainda o exemplo da Índia que, segundo a representante do FMI, "também está embarcando em reformas significativas" em sua economia, o que permite que o país cresça a uma taxa de 7% ao ano.
Para a diretora do FMI, o aspecto negativo para as economias em desenvolvimento é que os países exportadores de commodities ainda estão sendo duramente atingidos pelos preços baixos, enquanto os países do Oriente Médio "continuam a sofrer com os conflitos e com o terrorismo".
Segundo Christine, levando-se em conta os pontos positivos e negativos da economia mundial, os países ainda vão enfrentar durante muito tempo os problemas decorrentes do baixo crescimento. Ela acrescentou que os pontos positivos hoje beneficiam "muito poucos".