O presidente do Senado, Renan Calheiros, confirmou, no fim da tarde desta terça-feira, a antecipação do calendário da votação do impeachment na Casa. Calheiros afirmou que, se a pronúncia da presidente afastada Dilma Rousseff for votada no dia 9 ou 10, o julgamento final poderá ter início em 25 ou 26 de agosto. Anteriormente, esta etapa estava prevista para começar no dia 29.
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A medida foi criticada pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ), um dos principais defensores de Dilma no Senado, que acusou o presidente interino Michel Temer (PMDB) de pressionar Renan pela antecipação do processo. O presidente da Casa, no entanto, negou qualquer interferência do Planalto na decisão. Ele lembrou ainda que quem presidirá o julgamento é o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.
Nesta terça, o presidente da Comissão Processante do Impeachment, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), já havia antecipado que "existe uma possibilidade" de que a sessão de julgamento final do processo que pede o afastamento da presidente Dilma Rousseff comece na quinta-feira, 25 de agosto, e não na segunda-feira, dia 29, como foi anunciado em nota pelo STF no último sábado.
Também foi informado que o plenário do Senado não vai votar projetos nesta semana para não atrapalhar o andamento dos trabalhos da comissão.
O horário da reunião da Comissão Especial de Impeachment nesta quarta-feira, que ocorreria às 11h, foi antecipado para as 9h. Na sessão, será discutido o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). No parecer desta terça-feira, Anastasia defende a continuidade do processo e que Dilma seja levada a julgamento final pelo Senado.
* Zero Hora, com Agência Senado