Os senadores encerraram na madrugada desta quarta-feira (31) os discursos sobre o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. As manifestações começaram por volta de 14h30 e terminaram às 2h30. A sessão será retomada às 11h. Ao todo, 63 parlamentares falaram.
Após a reabertura dos trabalhos, o cronograma prevê a leitura de um resumo do processo pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que é o responsável pela condução do julgamento final. Depois, dois senadores favoráveis ao impeachment de Dilma e dois contrários terão cinco minutos cada um para encaminhamento de votação.
Na sequência das falas, ocorrerá a votação. Lewandowski perguntará aos senadores: “Cometeu a acusada, a senhora presidente da República, Dilma Vanna Rousseff, os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto a instituição financeira controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional, que lhes são imputados, e deve ser condenada à perda do seu cargo, ficando, em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo de oito anos?”. Caso não queiram votar sim ou não, os parlamentares poderão se abster.
Na votação nominal, cujo resultado aparecerá no painel eletrônico, são necessários ao menos 54 dos 81 votos para que a petista seja definitivamente afastada da Presidência. Caso isso ocorra, ela também ficará inelegível por oito anos a partir do fim de 2018, quando se encerraria o seu mandato. Se o número mínimo não for atingido, Dilma voltará imediatamente ao comando do governo.