Depois de vários adiamentos e tentativas de obstrução da oposição, foi aprovado, no início da tarde desta quinta-feira, em comissão especial da Câmara, o relatório do projeto de lei que retira a obrigação legal de a Petrobras liderar todos os investimentos no pré-sal. A aprovação, por 22 votos a 5, teve apoio maciço da base aliada ao Palácio do Planalto. Cinco destaques ao texto foram rejeitados pelos parlamentares.
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A oposição criticou o descumprimento de acordo feito na quarta-feira para que o projeto não fosse analisado pelo colegiado nesta semana. O projeto, de autoria do atual ministro de Relações Exteriores, José Serra, elimina a obrigação da Petrobras de atuar em todos os consórcios do pré-sal com pelo menos 30% do investimento e de ser a operadora única em todas as áreas.
Pelo texto, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), órgão de assessoramento da Presidência da República e presidido pelo Ministério de Minas e Energia (MME), vai oferecer à companhia o direito de preferência para ser operadora dos blocos a serem contratados sob o regime de partilha. Se exercer esse direito, a Petrobras terá que ter participação mínima de 30%. Mesmo que não queira ser operadora do bloco, a empresa poderá participar de todas as licitações.
*Estadão Conteúdo