O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta quarta-feira (27) que a presidente afastada Dilma não deverá voltar ao comando do País. Em entrevista ao Timeline, ele afirmou que o impeachment deve "passar com folga" no Senado.
"Eu votei favorável ao impeachment de Collor. E vi o trauma que é, mas é necessário. Impeachment é o instrumento que se tem no sistema presidencialista. O teste era a Câmara. Se passou na Câmara, não tem como segurar. O impeachment e com uma margem de votos até folgada".
Sobre a sua candidatura ao Planalto em 2018, ele brincou e deixou a resposta no ar: "Só 2018, né. Tem dois ansiosos na vida: os políticos e as jornalistas".
Alckmin criticou ainda o modelo federativo do país, dizendo que é uma federação no papel'. "O Brasil, diferente dos Estados Unidos, Canadá e Alemanha não é uma federação para valer. É uma federação no papel. Um regime extremamente centralizador. É só ligar a TV e ver que é só Brasília, Brasília e Brasília".
Ele está em Porto Alegre para o lançando dos testes da vacina contra a dengue, desenvolvido pelo Instituto Butantan: "Já está pronta. Última fase de testes. Dos três estados do Sul, faremos só no Rio Grande do Sul. Vacina foi muito bem até agora, tem altíssima imunização", disse.
Ao fim da entrevista, Alckmin deixou um recado aos antigos ouvintes da rádio: "Meu papai, quando era vivo, ele ouvia toda a madrugada o Gaúcha Na Madrugada, de Jayme Copstein", disse ao lembrar do pai, que acompanhava a programação da gaúcha em São Paulo.