Às vésperas de completar um ano preso, o empresário Marcelo Bahia Odebrecht, ex-presidente da maior construtora do Brasil, acertou a adesão ao expediente da delação premiada na Procuradoria-Geral da República (PGR). O acordo deverá envolver também outros ex-dirigentes da empreiteira alcançados pela Operação Lava-Jato. Ao longo de meses, confissões se tornaram as mais temidas em Brasília: são os próprios políticos que dizem que as revelações não deixarão pedra sobre pedra, atingindo os principais partidos e lideranças políticas do país.
Em Brasília, não é raro presenciar conversas reservadas de parlamentares assustados com a delação da Odebrecht. Mais intimamente, José Sarney (PMDB-AP), sem saber que estava sendo gravado, falou ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado que as confissões da empreiteira são "metralhadora ponto cem". Em conversa com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Machado disse que "não escapa ninguém de nenhum partido". E completou:
Lava-Jato
Veja o que pode ser detalhado pela Odebrecht na delação mais temida em Brasília
Políticos dizem que as revelações não deixarão pedra sobre pedra, atingindo os principais partidos e lideranças do país