O presidente interino Michel Temer embarcou nesta sexta-feira para São Paulo, para passar o final de semana. Temer passou o dia no Palácio do Jaburu. Pela manhã, ele se reuniu com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. O tema da reunião foi dar uma resposta a notícia veiculada pelo jornal Folha de S. Paulo sobre a autorização da Câmara dos Deputados para a criação de 14 mil cargos, aprovados em um dos diversos projetos que concedeu reajuste aos servidores público.
Ao tomar posse, Temer prometeu cortar 4 mil postos comissionados na máquina estatal. Logo após o encontro, o ministério do Planejamento divulgou nota de esclarecimento e afirmou que "não houve criação de novos cargos na administração federal, que gerasse aumento de despesas".
"O que houve foi a compensação com a extinção de outros cargos equivalentes", diz o texto, que foi elaborado pelo ministro Dyogo Oliveira, após encontro com Temer.
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Assim como fez em coletiva na quinta-feira no Planalto, na nota, o ministro do Planejamento reiterou que o reajuste dos servidores recompõe parcialmente as perdas provocadas pela inflação e que essa recomposição foi diluída em até quatro anos nas medidas aprovadas pela Câmara dos Deputados.
"Entrarão em vigor a partir de agosto deste ano com impacto orçamentário de R$ 7 bilhões. Esse valor já estava previsto no Orçamento Geral da União de 2016, além de contabilizado no déficit previsto de R$ 96 bilhões pelo governo anterior", afirmou no texto.
Por fim, o ministro ressaltou que o caso dos servidores do Judiciário, que, segundo a pasta, estavam sem reajuste nos vencimentos básicos, há nove anos.
"O governo vetou recentemente aumento aprovado pelo Congresso de até 70%. Portanto, muito maior que o acordado entre os servidores e o governo: de 16% a 40%, que serão aplicados nos próximos cinco anos. Mesmo estes aumentos também são inferiores à inflação do período", conclui a nota.