O advogado Daisson Silva Portanova foi preso em operação da Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira (23), em Porto Alegre. Por volta das 12h20, ele chegou ao Aeroporto Salgado Filho, acompanhado de três agentes da PF, de onde seguirá para São Paulo.
Aparentemente tranquilo, Portanova não estava algemado. Perguntado se tinha alguma declaração a fazer, disse, sorridente: “Nenhuma, tenho pouca coisa para falar”.
Portanova é alvo da Operação Custo Brasil, um desdobramento da 18º fase da Lava Jato conhecida como Pixuleco II. A ação da PF apura o pagamento de propina, proveniente de contratos de prestação de serviços de informática, na ordem de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos relacionados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
O advogado foi detido na Rua Toropi, no Bairro Petrópolis, na Capital. No local, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e outro de busca e apreensão. A reportagem entrou em contato com o escritório de advocacia de Portanova, que informou que ele não compareceu ao trabalho hoje e que, também, não conseguiu contato.
Na Operação Custo Brasil, estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 40 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de condução coercitiva nos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal. Entre os alvos estão o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, o ex-ministro da Previdência de Dilma Carlos Gabas, além de Leonardo Attuch, responsável pelo blog Brasil 247, e João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT - já preso em outra condenação da Lava Jato.