O ex-ministro da Previdência do governo Dilma Rousseff, Carlos Gabas, deve ser ouvido na sede da Polícia Federal (PF) de Brasília nesta quinta-feira (23). Ele é alvo de um dos mandados de condução coercitiva cumpridos na Operação Custo Brasil.
A ação é um desdobramento da 18º fase da Lava Jato conhecida como Pixuleco II, que apura o pagamento de propina, proveniente de contratos de prestação de serviços de informática, na ordem de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).
Há indícios de que o MPOG direcionou a contratação de uma empresa de prestação de serviços de tecnologia e informática para a gestão do crédito consignado na folha de pagamento de funcionários públicos federais com bancos privados, interessados na concessão de crédito consignado. Segundo apurou-se, 70% dos valores recebidos por essa empresa eram repassados a pessoas ligadas a funcionários públicos ou agentes públicos com influência no MPOG por meio de outros contratos - fictícios ou simulados.
Um pouco mais cedo, policiais federais e legislativos chegaram cedo no apartamento funcional onde a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) mora com o marido Paulo Bernardo. Ele foi preso e será levado para São Paulo. Gleisi está em Brasília e vai se manifestar ao longo do dia. A casa do casal no Paraná também foi alvo de mandados de busca e apreensão.
A senadora deve participar, nesta quinta, de sessão da comissão do impeachment no Senado, prevista para as 11h da manhã.