O PMDB divulgou uma nota nesta quarta-feira para rebater as acusações do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado envolvendo os caciques do partido. No texto, a legenda alega que "sempre arrecadou recursos seguindo os parâmetros legais". Entre os nomes citados na delação premiada de Machado, estão o presidente interino Michel Temer (SP), o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o senador Romero Jucá (RR), o senador Valdir Raupp (RO) e o ex-presidente José Sarney (AP).
"O PMDB sempre arrecadou recursos seguindo os parâmetros legais em vigência no país. Doações de empresas eram permitidas e perfeitamente de acordo com as normas da Justiça Eleitoral nas eleições citadas. Em todos esses anos, após fiscalização e análise acurada do Tribunal Superior Eleitoral, todas as contas do PMDB foram aprovadas não sendo encontrado nenhum indício de irregularidade", diz o texto.
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Também por meio de nota, o presidente do Senado, Renan Calheiros, rebateu a delação de Machado:
"O Senador Renan Calheiros reafirma que jamais recebeu recursos de caixa dois ou vantagens de quem quer que seja. Todas as doações de campanhas eleitorais ocorreram na forma da Lei, com as prestações de contas aprovadas pela Justiça", diz a nota.
O texto afirma que o senador não conhece Felipe Parente e nenhum dos filhos de Sérgio Machado. A nota também diz que Renan não indicou Sérgio Machado para a Transpetro. De acordo com o texto, Renan se coloca à disposição para prestar outros depoimentos, caso necessário.
Temer diz, em nota, que citação é "inverídica"
O presidente interino se manifestou no final da tarde desta quarta-feira, por meio de nota, sobre a delação de Machado. Temer afirmou que "sempre respeitou estritamente os limites legais para buscar recursos para campanhas eleitorais" e que "jamais permitiu arrecadação fora dos ditames da lei".
Ele disse ainda que é "absolutamente inverídica" a versão de que teria solicitado recursos ilícitos a Machado, com quem mantinha apenas relacionamento "formal e sem nenhuma proximidade".