A presidente afastada Dilma Rousseff, que, no ano passado, aparecia como a sétima mulher mais poderosa do mundo na lista da revista Forbes, não entrou para o ranking de cem mulheres. Com isso, o país não tem mais nenhuma representante entre a elite feminina mundial elencada pela publicação. A metodologia avalia fortuna, aparições na mídia, esfera de influência e impacto, entre outros itens.
No ano passado, o texto referente a Dilma já apontava que a presidente afastada enfrentava protestos populares que pediam sua renúncia, pouco meses após a reeleição. "Rousseff, que na campanha prometeu aproveitar o dinheiro do petróleo e impulsionar a economia, agora enfrenta um escândalo de corrupção que envolve a estatal Petrobras", apontava a Forbes em 2015.
Leia mais
Dilma nega pagamento de R$ 12 milhões "por fora" da Odebrecht
Casa Civil proíbe Dilma de viajar a outros Estados com aviões da FAB
Líder da extrema-direita alemã chama Angela Merkel de "ditadora"
A exemplo de Dilma, a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner também desapareceu da lista neste ano, após figurar na 16ª colocação em 2015. Assim, a única representante da América Latina é a presidente do Chile, Michelle Bachelet, que aparece no 18º lugar (da 27ª posição no ano passado).
A Forbes aponta que, apesar de ter subido na lista, ela passa por um momento difícil, com um escândalo de corrupção envolvendo o seu filho e também acusações de irregularidades na sua campanha, o que a levou a pedir a renúncia de seus 23 ministros. "Essas medidas provavelmente farão pouco para restaurar a confiança dos eleitores na sua liderança. Suas taxas de aprovação, que já estavam caindo no ano passado, despencaram para mínimas recordes", aponta a publicação.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, mantém-se no primeiro lugar pelo sexto ano seguido. Na sequência, está a ex-secretária de Estado e presidenciável norte-americana, Hillary Clinton. Depois vêm a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen; a filantropa Melinda Gates; a executiva-chefe da GM, Mary Barra; a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde; a diretora-operacional do Facebook, Sheryl Sandberg; a executiva-chefe do YouTube, Susan Wojcicki; a executiva-chefe da Hewlett-Packard, Meg Whitman; e a presidente do Santander, Ana Patricia Botín.
A primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, caiu três posições e agora aparece na 13ª colocação. O mandato do seu marido, Barack Obama, termina em janeiro do próximo ano. A Forbes aponta que nos últimos meses ela tem estado ocupada consolidando o seu legado na promoção da educação, de projetos artísticos e, principalmente, da alimentação saudável.