Servidores públicos estaduais que optaram por fazer empréstimo junto ao Banrisul no final do ano passado para receber o 13º salário acordaram com um susto em suas contas nesta terça-feira. O banco descontou o valor da dívida, enquanto o governo ainda não realizou o depósito prometido.
Segundo o Banrisul, cerca de 12 mil clientes tiveram o débito registrado antes que o crédito fosse repassado pelo governo. O banco informou, por meio da sua assessoria de imprensa, que o grande volume de transações provocou o problema operacional e que a situação deve estar regularizada sem causar prejuízos aos servidores ao longo do dia. A situação foi normalizada em todas as contas no final da tarde desta terça-feira.
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Um soldado da Brigada Militar (BM) que prefere não se identificar registrou um rombo de R$ 3 mil negativos em sua conta no começo desta manhã. Indignada, a mulher do policial desabafou:
– Dificulta tudo, porque a gente estava contando com o dinheiro. Ele já está recebendo parcelado, agora não dá nem pra abastecer o carro.
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Cerca de 280 mil servidores recorreram ao financiamento junto ao Banrisul – uma alternativa oferecida pelo Piratini aos funcionários que optaram por não ter o pagamento do 13º salário parcelado. O banco garantiu que os outros 78 mil clientes que não realizaram a operação de adiantamento também terão o crédito disponível até o fim da manhã.
A Secretaria da Fazenda do Estado informou, por meio da assessoria de imprensa, que tinha a garantia do Banrisul de que o crédito aconteceria na mesma data do débito para não causar prejuízos ao servidores e que não tem responsabilidade caso a operação tenha sido feita antes do pagamento.
Na tarde de segunda-feira, a secretaria autorizou o crédito do 13º para todos os 352.464 servidores vinculados ao Executivo, entre ativos e inativos, pensionistas do IPE e funcionários vinculados à administração indireta. Anteriormente, a previsão era parcelar em até seis vezes, a partir do dia 30 deste mês, o repasse do benefício. O pagamento soma R$ 1,318 bilhão.
* Zero Hora