O presidente em exercício Michel Temer transformou em um acontecimento político a cerimônia de posse dos novos titulares do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Petrobras e Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Na solenidade, no Palácio do Planalto, o peemedebista fez uma rápida menção ao combate à corrupção e garantiu que não haverá acordão para estancar as investigações de irregularidades na Petrobras.
– Quero revelar, pela enésima vez, que ninguém vai interferir na Lava-Jato. Sem nenhum deboche, não haverá a menor possibilidade (de intervenção na operação) – discursou o presidente interino.
Temer ainda aproveitou a solenidade para falar sobre a crise econômica pela qual passa o Brasil, lembrando do número de mais de 11 milhões de desempregados. Ele ainda voltou a pedir unidade do país, agradeceu o Congresso Nacional pelo esforço em aprovar medidas para sanear as finanças nacionais e garantiu que não haverá cortes na saúde e na educação. No discurso, tentou sinalizar para o mercado a importância de se criar um ambiente econômico favorável para tirar o país da crise.
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Na manhã de terça-feira, o Planalto teve de apagar um incêndio junto ao PP, partido que vai comandar a Caixa Econômica. A nomeação do ex-ministro das Cidades do governo Dilma Gilberto Occhi para a CEF já havia sido acertada e fechada com o Planalto e dependia apenas da publicação em Diário Oficial. Só que, nesta terça-feira, o Diário Oficial da União trouxe apenas a nomeação de Paulo Caffarelli para a presidência do Banco do Brasil, o que gerou uma certa tensão no partido.
A preocupação foi desfeita no almoço de Michel Temer com líderes da base, quando o presidente avisou aos pepistas que Occhi tomaria posse nesta quarta-feira, em cerimônia no Planalto.Além de Occhi e Caffarelli, tomam posse também Maria Sílvia Bastos Marques, no BNDES, Pedro Parente, na Petrobras e Ernesto Lozardo, no Ipea.