O vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) reuniu-se por cerca de seis horas, no domingo, no Palácio do Jaburu, em Brasília, com o economista Henrique Meirelles, que deverá ser o ministro da Fazenda caso o peemedebista assuma a Presidência.
Participaram do encontro os principais aliados de Temer, Eliseu Padilha e Moreira Franco, que também devem assumir pastas em um eventual governo. Ainda passaram pelo Jaburu o senador Romero Jucá e Geddel Viera Lima, cotados para assumir o Planejamento e a Secretaria de Governo, respectivamente.
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De acordo com um dos presentes, Meirelles fez uma explanação sobre a situação econômica do país. Caso o Senado decida afastar a presidente Dilma Rousseff por 180 dias, Temer terá que dar sinais imediatos do que pretende fazer para alavancar a economia.
A equipe econômica do eventual governo peemedebista terá pela frente as medidas encaminhadas no final da semana passada ao Legislativo pelo governo Dilma. Entre elas está o projeto de lei que reajusta a tabela do Imposto de Renda (IR) e, em compensação, eleva em R$ 5,35 bilhões a carga tributária das empresas, heranças e doações em 2017.
No campo político, a três dias da votação do processo de impeachment no Senado, Temer ainda discute nomes que deverão compor seu ministério, caso assuma a Presidência. O principal e mais estratégico cargo sem titular definido é o de ministro da Justiça.
Temer esteve em São Paulo no final de semana. Na capital paulista, reuniu-se com o cientista político Gaudêncio Torquato, o aliado Moreira Franco e o publicitário Elsinho Mouco. No domingo, Dia das Mães, o vice almoçou em casa e, por volta das 15h, seguiu para Brasília.
O peemedebista chegou no Palácio do Jaburu por volta das 17h. Dez minutos depois, Meirelles chegou ao local.
Em seguida, Jucá, Geddel e Moreira foram até o Palácio do Jaburu. Meirelles foi o último a deixar o local, por volta das 23h.
