O novo líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-SE), afirmou, nesta quarta-feira, que não tem o que temer pelo fato de ser formalmente investigado pela Operação Lava-Jato. A Procuradoria-Geral da República (PGR) suspeita que Moura e outros aliados do presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apresentaram requerimentos e atuaram na Casa para chantagear empresas, entre elas, as do grupo Schahin.
Moura disse que só teve o nome incluído no inquérito por ter sido "agressivo" e "carrasco" durante a oitiva de executivos do grupo Schahin na CPI da Petrobras, no ano passado.
– Eu não poderia tratar réus confessos chamando de anjo ou santo ou recebendo flores – afirmou o deputado em sua primeira entrevista como líder do governo.
Leia mais
DEM, PPS e PSB criticam indicação de Moura para líder do governo
Temer reúne-se com líderes da Câmara no Palácio do Planalto
Escolha de líder do governo na Câmara opõe Temer e Cunha
Ele declarou que não recebeu doação de empresa investigada pela Lava-Jato, nem teve o nome citado em qualquer delação premiada ou gravação.
O novo líder do governo também deu explicações sobre o inquérito que apura tentativa de homicídio do qual é alvo. Ele disse que o Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ-SE) já pediu o arquivamento da investigação por falta de provas, mas que o Ministério Público recorreu. Por ter foro privilegiado como deputado, o processo foi remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF).
*Rádio Gaúcha