O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), admitiu, nas redes sociais, que ajudou o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), a tomar a decisão de anular o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"Natural que o deputado Waldir Maranhão, sendo do meu Estado, peça minha opinião sobre temas relevantes. Como eu peço a ele também. Juridicamente, a decisão do deputado Waldir Maranhão é centena de vezes mais consistente do que o pedido do tal 'impeachment'", escreveu em sua conta no Twitter.
A decisão de Maranhão de anular o processo de impeachment foi costurada nos mínimos detalhes com o governador Flávio Dino. No domingo, Dino esteve com o deputado em São Luís, em encontro em sua residência. No fim da tarde, os dois pegaram um aviação da FAB e seguiram para Brasília, onde escreveram a decisão que atende a um recurso da Advocacia-Geral da União (AGU).
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Foi Flávio Dino quem convenceu Maranhão a votar contra o impeachment. O governador prometeu a ele um lugar como candidato ao Senado em 2018, além de poder vir a assumir a Secretaria de Ciência e Tecnologia no Maranhão.
Ainda no Twitter, Flávio Dino afirmou também que não há motivo legal para o impeachment e o que o processo, que já se estende desde dezembro, só serviu para "paralisar o país, fragilizar a imagem do Brasil no mundo e dividir a Nação".
"Realmente fico perplexo como alguém pode inventar essa tese de 'pedaladas' e meia dúzia de decretos orçamentários como causa de impeachment", disse.
*Estadão Conteúdo