O Congresso levou mais de 12h para votar 24 vetos presidenciais que trancavam a pauta conjunta do Legislativo e travavam a votação do aumento do deficit primário para R$ 170,5 bilhões, previsto na nova meta fiscal proposta pelo governo do presidente interino de Michel Temer.
Nesta segunda, Temer levou pessoalmente ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a revisão da meta fiscal. Sua equipe econômica calculou um deficit de R$ 170,5 bilhões, rombo muito maior do que os R$ 96,7 bilhões apresentados pelo governo Dilma Rousseff.
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A previsão de alguns líderes partidários é que a votação só seja concluída por volta das 4h da madrugada de quarta.
Congresso derruba 3 de 24 vetos
Em votação ao longo de mais de dez horas, o Congresso Nacional derrubou 3 dos 24 vetos presidenciais a projetos de lei, como o veto total a um projeto de lei de anistia a bombeiros e policiais militares que participaram de movimentos de reivindicação por melhores salários e condições de trabalho. Os demais vetos foram mantidos.
Os parlamentares também derrubaram vetos ao repasse para municípios de parte dos recursos obtidos com venda de imóveis da União e a oferta de mais de uma apólice de seguro na contratação de empréstimos ao setor rural.
Todos os trechos com vetos rejeitados serão reincorporados ao texto da respectiva lei. Já o veto total ao projeto de anistia será publicado pela primeira vez.
Vetos mantidos
Foram mantidos vetos a itens de projetos que tratam de combate a terrorismo, regularização de ativos enviados ao exterior, Plano Plurianual 2016-2019, isenções no setor de ciência e tecnologia, regra da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) sobre aplicação de recursos da saúde, alíquotas de bebidas e de produtos de informática, avaliação na educação indígena e renegociação de dívidas do Proálcool.
* Com agências