O Diretório Nacional do PDT decidiu, nesta segunda-feira (30), pela expulsão do deputado federal gaúcho Giovanni Cherini. O parlamentar é acusado de desrespeitar a orientação da legenda ao votar a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, no dia 17 de abril (veja o momento do voto no vídeo abaixo).
Outros cinco deputados que estavam sendo julgados foram suspensos do partido por 40 dias. São eles: Mário Heringer (MG), Sérgio Vidigal (ES), Flávia Morais (GO), Subtenente Gonzaga (MG) e Hissa Abrahão (AM).
Mário Heringer, Sérgio Vidigal, Flávia Morais e Hissa Abrahão ainda perdem os cargos no diretório estadual do partido. Integrante da Comissão de Ética e relator do parecer do deputado Cherini, Osvaldo Maneschy, destaca que a situação do deputado gaúcho é diferente dos demais.
"O Cherini fez campanha pelo impeachment, ele deu declarações públicas e tentou puxar outros votos dentro da bancada. Os outros não fizeram tudo isso", explica.
Já a votação da expulsão de senadores que também votaram a favor do impeachment foi congelada. Dos três senadores da legenda, Acir Gurgacz (RO) e Lasier Martins (RS) votaram a favor do impedimento, e Telmário Mota (RR) seguiu a orientação do partido.
Acir alegou que apenas apoiou o seguimento do processo e não necessariamente o afastamento. O caso só voltará a ser analisado após a votação do mérito no Senado.
Contraponto
Cherini alega que a votação do Diretório Nacional foi injusta, por ter dado tratamento diferenciado aos deputados que estavam sendo julgados.
"Eu vivo um dos dias mais tristes da minha vida. Eu não cometi nenhum crime. O julgamento foi completamente contraditório. Todos votaram da mesma forma que eu e porque a expulsão foi feita só para mim?", questiona o parlamentar.
Cherini ainda garante que vai recorrer da decisão. "Eu vou lutar com unhas e dentes para continuar no PDT. Não vou me entregar. Vou entrar na Justiça, pois há uma descriminação absurda que a direção nacional cometeu", destaca.