O presidente interino Michel Temer deseja ter uma mulher no comando da secretaria nacional que poderá ser criada para suprir a extinção do Ministério da Cultura. Com a medida, o novo governo buscaria dar uma resposta à repercussão negativa em relação ao fim da pasta e também à ausência feminina na equipe ministerial. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
A Secretaria Nacional de Cultura seria subordinada ao Ministério da Educação. Segundo a Folha, o nome para o comando da seção ainda é debatido.
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A reportagem do jornal paulista ainda informa que uma das possibilidades levantadas é entregar o comando da Cultura ao PPS, que indicou o presidente do memorial da América latina, João Batista de Andrade, e o ator Stepan Nercessian, ambos filiados ao partido.
No entanto, a exigência de que o cargo fique com uma mulher deverá inviabilizar os dois nomes. O jornal O Globo, por sua vez, afirma que Adriana Rattes, ex-secretária de Cultura do Estado do Rio de Janeiro e ligada ao PMDB fluminense, é uma das cotadas para o cargo.
Já o site Glamurama, da jornalista Joyce Pascowitch, divulgou um suposto convite de Temer para Marília Gabriela assumir a seção. A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) teria levado a proposta para a apresentadora de televisão. No entanto, segundo o site, Marília recusou o convite.
Desde o período de Ernesto Geisel (1974-1979), ainda na ditadura militar, é o primeiro caso em que somente homens formam o gabinete de um presidente. O corte do Ministério da Cultura, que existia desde 1985, provocou reclamações tanto de produtores como de artistas.