O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), informou nesta quarta-feira (2) que autorizou a abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, dos sete pedidos de afastamento que aguardavam análise, ele deu andamento ao requerimento dos juristas Hélio Bicudo - um dos fundadores do PT -, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal.
Em entrevista coletiva, Cunha afirmou que o pedido foi protocolado no dia 14 de outubro e é fundamentado em denúncias de irregularidades cometidas neste ano. Entre as acusações estão as “pedaladas fiscais”, que são os atrasos em repasses do governo a bancos públicos a fim de cumprir metas orçamentárias.
“Lamento profundamente, e não tenho nenhuma felicidade nisso (na abertura do processo). Espero que o país possa passar por isso e pela crise econômica e política”, afirmou o deputado em rápida entrevista coletiva.
Segundo Cunha, a decisão não teve “motivação de natureza política” e não se trata de uma “vingança”. Agora, caberá ao Congresso dar continuidade ou não ao processo.
São necessários os votos de dois terços dos total de deputados (513), em plenário, para autorizar o processo de impeachment. Se aprovado, seguirá para o Senado.
Logo após o anúncio, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, foi chamado pela presidente Dilma no terceiro andar do Palácio do Planalto. De acordo com a Secretaria de Imprensa da Presidência da República, Dilma fará um pronunciamento daqui a pouco