O ponto eletrônico entrou em vigor na Câmara de Vereadores de Porto Alegre a partir desta terça-feira (3). Aproximadamente 730 servidores, entre concursados, cedidos, cargos em comissão e estagiários, terão que registrar diariamente as entradas, saídas e intervalo de almoço, num espaço de oito horas diárias.
A medida irá trazer uma economia de R$ 6 milhões em 2015, segundo avaliação preliminar do diretor-geral da câmara, Luis Berres. Esse cálculo foi feito com base na quantidade de aposentadorias concedidas, pois as vagas destes funcionários não precisarão ser preenchidas.
A média de aposentadoria na Câmara é de quatro por ano. Em 2014, foi de sete. Porém, em 2015, já é de 20 e pode chegar a 30. Quando se aposenta, o servidor sai da folha de pagamento da Câmara e ingressa na do Departamento Municipal de Previdência de Porto Alegre (Previmpa).
Esse dinheiro poderá ser usado na melhoria do espaço físico, como reforma do sistema de esgoto e dos banheiros do prédio, entre outras obras. Já o valor de investimento de implantação do ponto eletrônico é de R$ 200 mil, segundo o diretor.
Parte dos servidores demonstra contrariedade com o ponto eletrônico. O sindicato da categoria reclama que houve superfaturamento na contratação da Companhia de Processamento de Dados do Município (Procempa). Porém, o presidente do Legislativo municipal, vereador Mauro Pinheiro (PT), relata que os gastos foram os mesmos feitos pela prefeitura e de outros órgãos municipais.
Por volta das 8h, servidores chegaram a formar fila para bater o ponto. A entrada é registrada com o crachá e com a digital. Segundo relatos de funcionários do restaurante do prédio, o movimento em busca do café da manhã começou bem mais cedo que o de costume.
De acordo com relato de servidores, um assessor parlamentar de bancada foi visto hoje pela terceira vez no ano. As outras duas havia sido para fazer o cadastro da biometria e pegar o crachá.