O ex-deputado federal João Pizzolatti criticou a maneira com que a Polícia Federal entrou em sua residência em Pomerode. O político que atualmente ocupa uma vaga no primeiro escalão do governo de Roraima classificou a operação como "truculenta", mas garantiu que permanece à disposição da Polícia Federal. Na manhã desta terça-feira sua residência no Vale do Itajaí foi vistoriada por integrantes da PF, que apreenderam documentos, computadores e objetos pessoais.
::: PF cumpre mandado de busca e apreensão na casa do ex-deputado Pizzolatti
::: Leia mais notícias sobre a Operação Lava-Jato
- Defendo qualquer tipo de investigação e estou à disposição da Justiça. Mas me surpreendeu a forma com que o mandado foi cumprido - avaliou.
De acordo com o político, a residência é ocupada por seus filhos e ex-esposa. Nem ele, nem sua ex-mulher teriam sido comunicados previamente sobre a operação, segundo Pizzolatti. De acordo com a PF, a Operação Politéia tenta evitar que provas importantes sejam destruídas pelos investigados. Em Santa Catarina, deverão ser cumpridos cinco mandados.
- Estou de coração aberto para dar todos os esclarecimentos. É mais uma chance de mostrar minha inocência - afirmou Pizzolatti.
O político é citado em depoimentos da Operação Lava-Jato: em seu depoimento à Justiça Federal, o ex-diretor Paulo Roberto Costa afirmou que do total recebido ilegalmente, R$ 5,5 milhões teriam ido para Pizzolatti. Em maio o ex-deputado negou ao Santa a possibilidade da existência de qualquer prova contra ele. Atualmente o ex-deputado é secretário especial de Relações Institucionais e Motivação do Investimento em Roraima.