Para garantir e demonstrar a confiabilidade na urna eletrônica, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) realizará, no dia cinco de outubro, uma votação paralela, sem interesse no vencedor ou qualquer resultado prático. O objetivo é assegurar a sociedade a inviolabilidade do sistema de votação e computação dos votos adotado pela Justiça Eleitoral. Os prepativos desta simulação iniciaram nesta quarta-feira (24), quando partidos políticos e organizações da sociedade civil receberam instruções sobre o processo.
Foram distribuídas cédulas de papel, que, até o dia da eleição, serão preenchidas com os números de candidatos reais, que concorrem na eleição verdadeira. No dia quatro de outubro, esses formulários serão entregues ao TRE e depositados em urnas de lona, que serão lacradas em seguida. "No dia cinco, a partir das oito horas da manhã, mesmo horário de início da votação real, a comissão abrirará as urnas de lona e lançará os dados do papel em três urnas eletrônicas, digitando os dados manualmente", explicou o integrante da Comissão de votação paralela, Fabrício Lena.
As três urnas testadas serão escolhidas por sorteio. Inclusive, já estarão nas seções eleitorais e precisarão ser substituídas, tudo para assegurar que o teste é real e pode recair sobre qualquer equipamento disponibilizado pelo TRE. A votação simulada vai ocorrer no sétimo andar do Palácio da Justiça e será acompanhada por representantes de partidos políticos. Ao final, é feita conferência entre uma planilha onde os votos são anotados manualmente e o extrato de urna que é emitido ao final da votação.
O procedimento é realizado desde 2002 e, até hoje, houve apenas divergência nos dados em 2006, quando um erro humano digitou o número da cédula de forma equivocada na urna eletrônica.