Mais de 30 homens do Corpo de Bombeiros foram descolados para trabalhar na remoção das vítimas do avião que caiu em Santos levando o candidato à presidência Educado Campos. Eles têm apoio de equipes do IML e do Instituto de Criminalista. Segundo o chefe da coorporação, a maior parte da aeronave caiu em uma casa abandonada.
No entanto, ainda não se sabe como ocorreu o acidente. O comandante dos bombeiros na cidade, coronel Roberto Lago, em entrevista à Rádio Gaúcha, disse que não tem a informação se a aeronave já estava em chamas antes de cair, conforme foi relatado por testemunhas. Ele conta que felizmente a parte maior do avião caiu em um terreno abandonado.
"O cenário que se desenha nos dá a entender que um pedaço dele bateu em um prédio que era habitado, mas no momento não havia ninguém nos cômodos, e a fuselagem, a maior parte do avião, caiu em um terreno de uma casa abandonada", descreve.
As demais partes do avião foram desfragmentadas. Segundo o coronel, apenas peças mais consistentes, como trem de pouso e turbinas, permaneceram em grandes pedaços.
Morte de Campos
O candidato à presidência da República Eduardo Campos, 49 anos, morreu em acidente aéreo na manhã desta quarta-feira (13), em Santos, no litoral de São Paulo. O jato particular onde o político estava caiu sobre uma área residencial e atingiu três casas. Outras seis pessoas morreram na tragédia.
De acordo com a Aeronáutica, a aeronave era um Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, que havia decolado do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o jato.
Nascido em Recife, em 10 de agosto de 1965, Eduardo Henrique Accioly Campos era economista. Em sua trajetória, foi secretário estadual, deputado federal, ministro da Ciência e Tecnologia e governador de Pernambuco por dois mandatos. Em abril deste ano, renunciou ao cargo para concorrer à Presidência, um ano após o seu partido, o PSB, romper com o governo Dilma.
Eduardo Campos era candidato pela coligação Unidos Pelo Brasil, que congregava seis partidos, tendo como vice a ex-senadora Marina Silva. Nas pesquisas, aparecia em terceiro lugar na disputa pelo Palácio do Planalto.
Campos era casado com a economista e auditora do Tribunal de Contas do Estado Renata Campos, com quem teve cinco filhos.