O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato pode pegar até três anos de prisão por falsidade ideológica na Itália. A informação é da polícia italiana que, nesta quinta-feira, confirmou que o brasileiro havia tomado uma série de medidas de precaução para não ser descoberto. Além de 15 mil euros em dinheiro, Pizzolato mantinha uma "grande quantidade de comida".
Segundo a polícia, a Justiça brasileira terá 40 dias agora para pedir a extradição e caberá a um procurador de Bolonha tomar a decisão. Pizzolato já contratou um advogado em Modena e a Justiça admite que o caso pode levar "meses" para chegar a uma decisão. Um processo já foi aberto contra Pizzolato na Itália por falsidade ideológica.
Ao ser abordado pela polícia na casa onde estava em Maranello, Pizzolato apresentou o passaporte do seu irmão, Celso, morto em um acidente de carro em 1978. Segundo a polícia, o ex-diretor havia falsificado o documento do irmão em 2008. Naquele ano ele fez um passaporte brasileiro falso em nome de Celso e, em 2010, emitiu um passaporte italiano da mesma forma.
Pizzolato está detido em uma penitenciária de Modena. Ele vai aguardar um acordo entre o governo brasileiro e italiano. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou que será solicitada a extradição do ex-diretor, condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por envolvimento no mensalão.
Mensalão
Henrique Pizzolato pode pegar até três anos de prisão na Itália
Foragido após o julgamento do mensalão, ex-diretor do Banco do Brasil foi detido em solo italiano por falsidade ideológica
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