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De volta à tribuna do Senado para se defender de acusações, Demóstenes Torres (sem partido-GO) reafirmou que é vítima de injustiça e negou que tenha acumulado um grande patrimônio.
- Vivo de salário. Não tenho chácara, não tenho fazenda, não tenho gado, não tenho ações de empresas, não tenho quase patrimônio nenhum. Meus bens são os que estão na declaração do imposto de renda - disse.
O parlamentar também negou ter usado o cargo para beneficiar o contraventor Carlinhos Cachoeira ou qualquer outro tipo de esquema ilegal.
- Em quatro anos de escutas, 250 mil horas de gravações, em 9 anos e meio de mandato e milhões de reias destinados a emendas não se encontrou o menor desvio deste senador - disse.
Para Demóstenes, são testemunhas de sua retidão ministros de Estado, coordenadores de bancadas, prefeitos e governadores de Goiás.
- Perguntem a todos eles a meu respeito. Vão dizer que, mesmo sendo da oposição, sempre fui muito pidonho, mas nunca reivindiquei nada direcionado, nada de indicação de obras para empreiteiras, nada de privilegiar uma cidade para atender a esquemas - disse.
O senador voltou a defender a tese de que é vítima de armações da Polícia Federal e sustentou que, como parlamentar, só poderia ser investigado com anuência do Supremo Tribunal Federal (STF).
- Já mostrei aqui trechos do inquérito nos quais a Polícia Federal alerta para o fato de que é necessário enviar os autos para o Supremo, mas mesmo assim continuou me grampeando ilegalmente - disse.