Qualquer candidato a prefeito ou a vereador invejaria Hugo Carlos Scheuermann: ele conquistou o apoio dos três senadores gaúchos, do coordenador da bancada na Câmara e até do presidente da Casa.
Scheuermann, no entanto, é um magistrado de 52 anos em campanha para outro cargo. Quer sagrar-se ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST). E precisa do sim da presidente Dilma Rousseff.
Natural de Três Passos, o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região peregrinava ontem pelo Congresso atrás de apoiadores. Ele lidera lista tríplice, composta ainda por um desembargador de Campinas e outro do Rio, para suceder Rosa Weber no TST. Rosa, também gaúcha, foi nomeada ministra do Supremo Tribunal Federal.
Scheuermann se apresenta como representante gaúcho na disputa - e, com esse discurso, angaria sólida parceria com entidades do setor, federações empresariais e sindicatos.
No ano passado, Scheuermann ganhou trânsito no TST quando foi convocado para substituir, durante um mês, um ministro que viajaria. Surgiu uma coincidência: no mesmo dia da convocação dele, Rosa Weber foi indicada ao Supremo por Dilma. Sabia-se, assim, que uma vaga seria aberta. E Scheuermann tinha uma bela oportunidade de mostrar seu trabalho.
Em Brasília, na quarta-feira à tarde, os senadores Paulo Paim (PT), Pedro Simon (PMDB) e Ana Amélia Lemos (PP) toparam redigir uma moção de apoio ao desembargador. O coordenador da bancada gaúcha na Câmara, Renato Molling (PP), também deverá propor uma carta conjunta aos demais parlamentares. Presidente da Casa, Marco Maia (PT) é outro apoiador de peso.
Lista tríplice
Desembargador gaúcho disputa cadeira no Tribunal Superior do Trabalho
Hugo Carlos Scheuermann tem apoios políticos para ocupar vaga que foi da ministra Rosa Weber
Paulo Germano
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