Paulo Germano
Qualquer candidato a prefeito ou a vereador invejaria Hugo Carlos Scheuermann: ele conquistou o apoio dos três senadores gaúchos, do coordenador da bancada na Câmara e até do presidente da Casa.
Scheuermann, no entanto, é um magistrado de 52 anos em campanha para outro cargo. Quer sagrar-se ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST). E precisa do sim da presidente Dilma Rousseff.
Natural de Três Passos, o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região peregrinava ontem pelo Congresso atrás de apoiadores. Ele lidera lista tríplice, composta ainda por um desembargador de Campinas e outro do Rio, para suceder Rosa Weber no TST. Rosa, também gaúcha, foi nomeada ministra do Supremo Tribunal Federal.
Scheuermann se apresenta como representante gaúcho na disputa - e, com esse discurso, angaria sólida parceria com entidades do setor, federações empresariais e sindicatos.
No ano passado, Scheuermann ganhou trânsito no TST quando foi convocado para substituir, durante um mês, um ministro que viajaria. Surgiu uma coincidência: no mesmo dia da convocação dele, Rosa Weber foi indicada ao Supremo por Dilma. Sabia-se, assim, que uma vaga seria aberta. E Scheuermann tinha uma bela oportunidade de mostrar seu trabalho.
Em Brasília, na quarta-feira à tarde, os senadores Paulo Paim (PT), Pedro Simon (PMDB) e Ana Amélia Lemos (PP) toparam redigir uma moção de apoio ao desembargador. O coordenador da bancada gaúcha na Câmara, Renato Molling (PP), também deverá propor uma carta conjunta aos demais parlamentares. Presidente da Casa, Marco Maia (PT) é outro apoiador de peso.
- Mais sobre:
- tribunal superior do trabalho (tst)
- política