O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), Silmar Fernandes, afirmou neste domingo (6) que Pablo Marçal (PRTB) pode ter a candidatura à prefeitura de São Paulo cassada antes do segundo turno se ficar comprovado que ele falsificou o laudo médico que associa o candidato Guilherme Boulos (PSOL) ao uso de cocaína.
Na última sexta-feira (4), Marçal divulgou em suas redes sociais um suposto laudo médico, apontando que o psolista teria buscado ajuda médica após o consumo de cocaína.
No sábado (5), a Justiça Eleitoral de São Paulo suspendeu o perfil de Marçal no Instagram. Uma perícia técnica do Instituto de Criminalística de São Paulo concluiu que é falsa a assinatura que consta no laudo.
— Havendo irregularidade, qualquer candidato pode ser cassado entre o primeiro e o segundo turno, depois do segundo turno e depois do diploma. Vai depender do tipo de ação, das provas produzidas. Pode ocorrer a qualquer momento. Quem desrespeita a legislação tem punição. Ela pode demorar, mas ela chega — afirmou Fernandes em pronunciamento a jornalistas na tarde deste domingo.
O presidente do TRE-SP não quis comentar detalhes do episódio nem antecipar uma posição, já que deve participar do julgamento em breve.
— Eu não posso avaliar porque não sei o que vai acontecer. Eu não sei nem se o laudo é falso ou se não é. Isso já está judicializado. Existe inquérito policial instaurado, existem medidas judiciais tomadas pelo juiz de garantias. Nós vamos apurar. Como qualquer cidadão nesse país, se cometeu um crime, vai responder por isso.
Após o encerramento da votação, às 17h, desembargador desceu do gabinete para falar com jornalistas no TRE. Ele garantiu que o primeiro turno transcorreu "melhor do que o esperado".
— Tudo dentro da normalidade. As pessoas exerceram o seu voto. Não houve confusão, não houve atrito.