O candidato do PRTB a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal, votou cerca de cinco minutos antes do fechamento das urnas neste domingo (6).
Em manifestação a jornalistas após ter votado em uma escola do bairro de Moema, na zona sul de São Paulo, Marçal disse que preferiu chegar nos últimos minutos para dizer que "os últimos vão ser os primeiros".
— Como diz um amigo meu, Gusttavo Lima, se o Marçal não ganhar, é rolo, tem coisa errada.
Cassação
O desembargador Silmar Fernandes, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), afirmou que Pablo Marçal pode ter a candidatura cassada antes do segundo turno se ficar comprovado que ele falsificou o laudo médico que associa Guilherme Boulos (PSOL), seu adversário na corrida pela prefeitura de São Paulo, ao uso de cocaína.
— Havendo irregularidade, qualquer candidato pode ser cassado entre o primeiro e o segundo turno, depois do segundo turno e depois do diploma. Vai depender do tipo de ação, das provas produzidas. Pode ocorrer a qualquer momento. Quem desrespeita a legislação, tem punição. Ela pode demorar, mas ela chega— afirmou em pronunciamento a jornalistas após na tarde deste domingo ao ser questionado sobre o caso.
"Desproporcional"
Pablo Marçal também classificou como "desproporcional" a suspensão de suas redes sociais após a publicação do laudo falso contra o adversário Guilherme Boulos (PSOL).
— Um candidato ficar sem o seu único meio de comunicação a poucas horas da eleição é desproporcional.
Na ocasião, ele também se referiu de forma irônica à perícia, que atestou a falsidade do documento publicado no Instagram e no X, ex-Twitter.
— A perícia está de parabéns em trabalhar no fim de semana. Sobre o que o Datena fez comigo, a perícia não achou tempo para trabalhar.
Marçal afirmou que nem ele nem seus advogados receberam alguma intimação em relação ao caso. Além disso, declarou estar "100% em paz".