O apagão que atingiu a Grande São Paulo após temporal na noite de sexta-feira (11) foi pauta do debate entre os candidatos à prefeitura da capital paulista nesta segunda-feira (14). A falta de energia elétrica chegou a afetar mais de 1 milhão de imóveis e, por volta das 18h30min desta segunda, ainda era um problema em mais de 300 mil pontos.
A atuação da Enel, concessionária responsável pela distribuição da eletricidade na região, está sendo investigada pela Agência Nacional de Energia Elétrica.
No debate desta noite, o candidato Guilherme Boulos (PSOL) criticou a empresa e também apontou problemas no serviço da atual administração municipal, chefiada pelo concorrente à reeleição Ricardo Nunes (MDB).
— Mais de 300 mil famílias não estão podendo assistir esse debate porque estão sem luz em casa. Fiquei sem luz na minha casa até ontem (domingo), no fim do dia. Esse apagão tem dois grandes responsáveis: a Enel, que presta esse serviço horroroso, e o Ricardo Nunes, porque não fez o básico, que é a poda de árvore e manejo arbóreo — opinou Boulos.
O prefeito rebateu dizendo que fez 620 mil podas e afirmou que, em alguns casos, a concessionária é que tem essa responsabilidade:
— Seis mil podas estão pendentes de a Enel fazer o corte porque são árvores que estão encostadas nos fios.
Nunes ainda criticou a União por manter a concessão do serviço para a Enel:
— É inaceitável que o governo federal, que detém a concessão, regulação e fiscalização, não tenha feito nada.
Os dois candidatos disseram que pretendem retirar a empresa da cidade.