No primeiro turno das eleições, realizado no último domingo (2), 1,6 milhão de eleitores não compareceram às urnas no Rio Grande do Sul. O índice de abstenção de 2022 é o maior para cargos estaduais desde 1990 — portanto, em 32 anos (veja o histórico abaixo).
O levantamento, feito pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a pedido de GZH, contabiliza os números do período disponível na base digital de dados do TRE e se refere apenas ao primeiro turno e a cargos estaduais. Em eleições mais recentes, o voto em trânsito tem feito com que o índice de ausentes para o cargo de presidente apresente pequena alteração.
Em 2022, a abstenção ficou em 19,79% no Estado. O percentual é pouco maior do que em 2018, quando foi de 18,14%. Em 2014, havia sido de 16,8%.
Dentre todo o recorte histórico com eleições para cargos estaduais no Rio Grande do Sul, o ano com o percentual de abstenção mais baixo foi 1990 — naquele primeiro turno, 9,14% dos eleitores não compareceram às urnas.
O aumento no índice de abstenção no Estado acompanha a situação nacional. Em todo o país, o primeiro turno teve 20,9% dos eleitores ausentes, o maior percentual em pleitos presidenciais desde 1998, quando 21,5% dos brasileiros aptos a votar deixaram de comparecer às urnas.
Abstenção nas últimas eleições
- 1990 - 9,14%
- 1994 - 11,86%
- 1998 - 14,94%
- 2002 - 13,18%
- 2006 - 13,85%
- 2010 - 14,86%
- 2014 - 16,80%
- 2018 - 18,14%
- 2022 - 19,79%