O primeiro turno das eleições 2022 teve abstenção de mais de 32 milhões de pessoas, o equivalente a 20,9% dos brasileiros aptos a votar. O percentual é o maior em pleitos presidenciais desde 1998, quando 21,5% dos eleitores não compareceram às urnas. Por outro lado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontou para a redução no número de brancos e nulos entre os votantes.
Os dados publicados pelo TSE mostraram que houve registro de 4,20% de votos brancos e nulos. Em 2018, o índice foi 8,8%. De acordo com o presidente do Tribunal, o ministro Alexandre de Moraes, esse foi um motivo que contribuiu para o aumento de filas nos locais de votação.
— Aproximadamente 7,5 milhões de pessoas compareceram a mais para votar em candidatos, deixando de votar nulo e em branco. Talvez porque é uma eleição acirrada, mais polarizada. Isso pode ter sido um dos motivos concorrentes para que tenham ocorrido filas. É diferente uma pessoa anular o voto, votar em branco do que escolher as cinco opções, leva um tempo a mais. É um dado interessantíssimo, porque representa uma maior participação efetiva na escolha dos dirigentes do país — declarou Moraes em entrevista coletiva.
No Rio Grande do Sul, a abstenção foi de 19,78%, um aumento em relação aos 18,1% de 2018. Ainda assim, o TSE considerou positivo a margem de 20,9% nas abstenções. Nas eleições municipais de 2020, realizadas durante o auge da pandemia de convid-19, o percentual de ausentes foi de 23,15%.